Dia 2 - O dia ''irritadiço''

Quando iniciei esta jornada (como lhe gosto de chamar) não fazia a mínima ideia do quão desafiante e difícil iria ser. Mas á medida que ia conseguindo chegar mais longe, aguentar mais dias sem acessar a pornografia nem pensar em sexo ou masturbação, começava a entender como funciona esta ''coisa'' de curar-me de um vício. 
Conclui portanto que é uma montanha russa constante de emoções dispares e intensas.

Por exemplo se no primeiro dia era uma frustração constante, uma sensação de vazio e desesperança que se abatia sobre mim, neste segundo dia e como sempre, sinto-me sensível a tudo, irritado com tudo e todos. Ninguém me pode dizer nada se não ''ai que o caldo está entornado''! 

Outros sintomas (e talvez estes sejam os mais frustrantes) que tenho vindo a apreceber-me desde que me vi que não estava bem eram a fraca memória, ou capacidade de memorizar e uma concentração quase nula. E é frustrante porquê? Porque sem estas eu não consigo mostrar a minha capacidade não só cognitiva, emocional mas acima de tudo a comunicacional, ou seja combater a ansiedade social voltando a ter uma vontade e acima de tudo capacidade como os outros de falar bem, apanhar as conversas, os temas e interessar-me em algo.

É ver todos os outros a passarem-me á frente, é ver o meu reflexo ''sozinho'' no meio de muita gente. Pois o corpo está lá, mas a mente não.

Mas continuarei sempre positivo que este reboot me vai levar a recuperar a felicidade e a confiança que outrora tinha

21/06/2016